A Operação Lava Jato é a maior iniciativa de combate a corrupção e lavagem de dinheiro da história do Brasil. Iniciada em março de 2014, perante a Justiça Federal em Curitiba, a investigação já apresentou resultados eficientes, com a prisão e a responsabilização de pessoas de grande expressividade política e econômica, e recuperação de valores recordes para os cofres públicos. O caso se expandiu e, hoje, além de desvios apurados em contratos com a Petrobras, avança em diversas frentes tanto em outros órgãos federais, quanto em contratos irregulares celebrados com governos estaduais. Selecionamos para você os 10 melhores livros sobre a operação Lava-Jato, veja a nossa seleção!
Em Lava Jato – O juiz Sergio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil, o jornalista Vladimir Netto acompanha as investigações desde seu início, em março de 2014, e, como num livro de suspense, vai revelando, pouco a pouco, os principais desdobramentos do maior escândalo de corrupção do país. À medida que a operação avança, vamos descobrindo quem são os personagens-chave desse processo – doleiros, dirigentes da Petrobras, políticos e empreiteiros – e como se articularam para desviar bilhões dos cofres da estatal. Para traçar o perfil do juiz Sergio Moro, fio condutor desta história, o autor tenta desvendar a personalidade do homem que mete medo nas figuras mais poderosas do país enquanto se debruça sobre seu trabalho: o vasto conhecimento técnico, as perguntas meticulosas, as sentenças fundamentadas e a coragem de enfrentar a pressão de advogados de renome. Repleto de informações de bastidores, ligações perigosas e diálogos de um cinismo impensável, este grande livro-reportagem, com ares de trama policial, é um registro histórico do conturbado período que o Brasil atravessa. "Escrito em linguagem que se aproxima dos thrillers policiais, o livro-reportagem, produzido em 17 meses, dá ao público a oportunidade de entender a gênese, os bastidores e os principais personagens da maior ação de combate à corrupção já realizada no país." – O Globo
Lava Jato abre uma janela de oportunidade. Embora por si própria não transforme o país, pode ser o ponto de apoio para alavancar as mudanças com que sonhamos. A hora é agora Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato Neste livro, o leitor conhecerá melhor o jovem procurador Deltan Dallagnol, o trabalho da Lava Jato visto por dentro e os descaminhos do Brasil. Há muito que aprender na sua leitura. O autor vai pontuando histórias de sucesso e fracasso no combate à corrupção com as razõ es que levaram à elaboração de cada uma das 10 Medidas propostas pelo Ministério Público. Como se sabe, elas tiveram forte apoio popular e enfrentaram no Congresso um ataque violento. Deltan conta ainda momentos decisivos e difíceis da Lava Jato. A primeira delação, o estarrecimento dos procuradores diante da enormidade do que era dito pelos colaboradores, os riscos enfrentados e os momentos em que os investigadores ficaram expostos a ataques, como no caso da coletiva sobre a acusação a Lula. Hoje a Lava Jato é famosa internacionalmente. Virou caso de estudo. Este livro, contado por um dos protagonistas da operaç ã o, nos ajuda a entender a dimensã o do que está acontecendo diariamente diante dos nossos olhos. Permite a quem o lê ter esperança lúcida e bem informada.
Temido e odiado por políticos de todos os partidos, aclamado como herói nas ruas, o ex-procurador-geral Rodrigo Janot é uma figura central da história contemporânea brasileira. Sua atuação no comando da operação Lava Jato transformou o país, expondo a corrupção em diversas esferas do poder. Por duas vezes, a chamada “Lista do Janot” fez o Brasil parar na frente da televisão ao envolver os mais marcantes personagens da vida nacional em escândalos. Em Nada menos que tudo, ele faz revelações importantes sobre grandes nomes da política brasileira, como Lula, Dilma, Temer, Aécio, Cunha, Serra, Collor, Genoíno, Sarney, Renan, Jucá, entre outros. Aposentado e sem pretensões políticas, ele lembra os bastidores, as intimidações e as pressões que sofria continuamente. Recorda diálogos e situações indizíveis. Nas entrelinhas estão possíveis explicações para a escalada do movimento que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República.
Rosangela e Sergio Moro se conheceram nas salas de aula: ele, professor rigoroso que punia as faltas; ela, aluna que se sentia injustiçada. Reencontraram-se pouco depois da formatura de Rosangela e estão juntos desde então. São mais de vinte anos de casamento, dois filhos e inúmeros momentos difíceis vividos pela família em função da carreira do ex-ministro. Em Os dias mais intensos, Rosangela abre o coração e recorda situações que preferiria esquecer. Afinal, a família precisa de proteção especial desde os tempos em que o então juiz ia atrás de traficantes de drogas. Em uma narrativa emocionante, ela conta alguns momentos marcantes da Operação Lava Jato como o dia em que Lula foi preso e a notícia do vazamento do telefonema entre o ex-presidente e a então presidenta Dilma. No capítulo “Tchau querida”, descobrimos que Moro estava jogando basquete com os filhos enquanto o Brasil parava na frente da televisão. “Ele toma Morotril”, diz Rosangela, referindo-se à calma do marido. Tensa, mesmo, foi a passagem do então juiz no governo de Jair Bolsonaro. Como ministro da Justiça e da Segurança Pública, Moro acumulou frustações e frituras, relembradas em detalhes por Rosangela. Em um primeiro momento, ela achava que Bolsonaro poderia ser o regente de uma orquestra em que o marido e os demais ministros atuariam, mas comenta no livro que existiam divergências entre eles. Os dias mais intensos oferece um olhar privilegiado sobre a história de um dos personagens mais importantes do Brasil, alguém que foi fundamental na luta contra a corrupção e teve a coragem de enfrentar empresários todo-poderosos e políticos de esquerda e de direita.
O mais completo relato sobre a atuação do principal tribunal do país, do Mensalão ao governo Bolsonaro. Desde o julgamento da ação penal 470, mais conhecida como Mensalão, o Supremo Tribunal Federal viu-se no centro do debate nacional. Seus integrantes se tornaram amplamente conhecidos e, também por isso, passaram a usar a opinião pública como fundamento para seus votos. Nos turbulentos anos de uma das maiores crises políticas e econômicas que o país já viveu, o protagonismo a que foi alçado o tribunal criou um conjunto novo de desafios. O jornalista Felipe Recondo, especialista na cobertura do STF, acompanha e analisa o cotidiano do Supremo há mais de uma década. Luiz Weber estuda o funcionamento do tribunal e analisa os movimentos e forças políticas que interagem com o STF. Ao longo de anos, os dois realizaram centenas de entrevistas para escrever Os onze: o STF, seus bastidores e suas crises. O livro traz histórias que permitem descrever os contornos, causas e consequências dos grandes casos que envolveram o tribunal, incluindo o recente e polêmico inquérito sobre fake news aberto por Dias Toffoli e comandado por Alexandre de Moraes. Onze é o número de ministros do Supremo, que atuam como “onze ilhas”. A expressão foi cunhada pelo ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence e se consolidou como chave de interpretação para o funcionamento do tribunal, com a proliferação de decisões monocráticas e a sucessão de embates internos. Num momento em que o STF se vê sob o ataque de expoentes do governo federal e de militantes nas redes sociais, entender as dinâmicas da última instância do poder judiciário é mais importante do que nunca.
Malu Gaspar destrincha, numa crônica eletrizante, a história completa (e a secreta) da ascensão, do auge e da queda da Odebrecht. Em 2015, quando a força-tarefa da Lava Jato fulminou o “clube” de empreiteiras que controlava os contratos com a Petrobras, a Odebrecht liderava com folga o ranking das empresas de engenharia nacionais. Delatados por colaboradores da Justiça, alguns de seus principais executivos foram presos, acusados de uma volumosa coleção de crimes. Para tentar sobreviver à hecatombe, a organização ― era assim que os controladores e funcionários se referiam à companhia ― e seus dirigentes confessaram um longo histórico de práticas escusas que abalou a República e chocou o mundo, envolvendo propinas a centenas de políticos, de prefeitos a presidentes. Emilio e Marcelo Odebrecht, pai e filho, cujo relacionamento sempre fora difícil, romperam publicamente em meio a um duelo de denúncias. Neste livro sobre a glória e a desgraça da Odebrecht, Malu Gaspar desvenda as engrenagens de um sistema de corrupção que parecia inviolável, e lança luz sobre as espúrias relações entre Estado e empresas que condicionaram por muito tempo uma espécie de “capitalismo à brasileira”.
A Operação Lava Jato ganhou tamanha força e legitimidade na sociedade que dificilmente se nega sua influência em diversas esferas da vida política. Compreender como foi possível uma operação desse porte produzir resultados tão relevantes não é tarefa fácil. Este livro busca contribuir para esse debate, ao abordar a Operação Lava Jato sob o olhar da Ciência Política para compreender como foi possível o amplo alcance de seus resultados. A partir de uma abordagem com enfoque institucionalista e uma investigação densa, porém limitada à Justiça Federal, o argumento central do livro é que a Lava Jato decorre da conjugação de dois fatores: de um lado, um processo incremental de aprimoramento institucional do sistema de justiça criminal, e de outro o voluntarismo e a ação estratégica dos atores envolvidos com o combate à corrupção política. A primeira parte do texto apresenta uma fotografia detalhada do processo de construção do desenho institucional anticorrupção, o que oferece um conteúdo de interesse para diversas abordagens sobre o estudo da corrupção (e de seu combate) no país. Além disso, essa parte do trabalho mostra que a Lava Jato não é um fenômeno repentino, pois seus atores se sustentam numa estrutura que vem sendo alicerçada há anos. A segunda parte desenvolve o argumento do voluntarismo a partir de uma análise comparativa densa de três núcleos da Lava Jato (Curitiba/Rio de Janeiro/Brasília), com dados detalhados que não constam nos trabalhos já publicados sobre a operação. Destacam-se dessa análise as evidências da atuação do Judiciário na gestão cirúrgica e seletiva do tempo de tramitação dos casos e na escolha dos que foram priorizados, além das estratégias associadas ao uso conjugado de prisão preventiva e colaboração premiada.
Conheça a história real de Giovanni Falcone, o juiz italiano que desmontou a maior máfia Italiana da história, combateu o crime organizado e inspirou Sérgio Moro a implementar a Operação Lava Jato no Brasil Em 1992, a Itália foi convulsionada por dois assassinatos descarados de autoria da Cosa Nostra. Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, os magistrados sicilianos que haviam sido os inimigos mais implacáveis da máfia, responsáveis por colocar atrás das grades mais de 400 mafiosos, políticos e empresários foram mortos a sangue frio e sem nenhum disfarce. No entanto, depois dos assassinatos, centenas de "homens de honra" foram presos e o governo que os protegeu por quase meio século foi finalmente afastado do cargo. Esta é a história que Morte a vossa excelência conta com tanta perspicácia e imediatismo. Com prefácio de Sergio Moro, podemos entender porque esta história inspirou a Operação Lava Jato no Brasil e como foi possível aplicar o conceito da Delação Premiada usado por Falcone em terras brasileiras, além de técnicas jurídicas para acelerar processos burocráticos defasados que só beneficiavam criminosos em processo de condenação. Combinando uma profunda compreensão de seus heróis condenados e uma análise sem precedentes dos códigos estritos da Máfia e das rivalidades assassinas, o autor nos dá um livro que tem o poder de uma grande obra da história e o suspense de um verdadeiro thriller.
Saiba maisNova edição atualizada em 2018 com apêndice exclusivo sobre as evidências que levaram à condenação e prisão do ex-presidente Lula. A investigação de um episódio aparentemente isolado de corrupção em pouco tempo começa a desvendar um gigantesco esquema de pilhagem dos cofres públicos e pagamento de propinas. Foi assim na Mãos Limpas da Itália e na Lava Jato do Brasil. Separadas por duas décadas, as duas operações expuseram a corrupção sistêmica que assola os dois países, com o desvio contínuo de fortunas incalculáveis para as contas de políticos e de partidos de todos os matizes ideológicos e de gestores públicos e privados. Contratos superfaturados, licitações fraudadas e lavagem de dinheiro sustentam a Tangentopoli italiana e a Propinolândia brasileira, protegidas por legislações que neutralizam o combate e a punição dos crimes de colarinho-branco. A análise comparativa de Rodrigo Chemim, procurador do Ministério Público e doutor em Direito de Estado, revela perturbadoras semelhanças entre Mãos Limpas e Lava Jato, desde o modus operandi dos corruptos das esferas pública e privada até as manobras e desculpas para se safarem da justiça. Mãos Limpas e Lava Jato: a corrupção se olha no espelho retrata o que aconteceu na Itália e alerta para o que pode acontecer no Brasil.
Saiba maisA rotina dos presos da Lava Jato na carceragem da Polícia Federal e no Complexo Médico Penal, em Curitiba. Nesta reveladora investigação jornalística, Wálter Nunes descreve o dia a dia na cadeia de empreiteiros, altos executivos, políticos e doleiros como Lula, Eduardo Cunha, Alberto Youssef, Marcelo Odebrecht, Nestor Cerveró e Renato Duque. A operação Lava Jato, considerada a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro do Brasil, foi deflagrada em março de 2014 pela Justiça Federal, em Curitiba, e logo o Ministério Público expôs um imenso esquema de corrupção envolvendo Petrobras, partidos políticos e empreiteiras. A condenação e efetiva prisão de importantes figuras públicas inaugurou novos paradigmas em nosso contexto sociopolítico. O jornalista Wálter Nunes, da Folha de S.Paulo, investiga a rotina de altos executivos e políticos dentro da cadeia desde 2014. Em conversas com agentes federais e penitenciários, advogados, jornalistas, além dos próprios presos e de seus familiares, levantou inúmeras histórias que, juntas, compõem um ainda pouco conhecido retrato da vida da elite tanto na carceragem da Polícia Federal quanto no presídio. Como é o cotidiano desses presos? O que é permitido e o que não é, como é sua alimentação, como se exercitam, como é a convivência com outros presos, carcereiros, advogados e a imprensa, seu estado emocional e físico. Fruto de uma cuidadosa apuração, A elite na cadeia responde a todas essas questões de modo muito esclarecedor. Ao mostrar as intrigas palacianas agora no ambiente inóspito de uma cadeia, Wálter Nunes traça um perfil detalhado não só de nossas elites como da imensa desigualdade social brasileira, espelhada num sistema penitenciário cruel e que, decididamente, não trata a todos da mesma forma.
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