Luís Vaz de Camões foi um poeta nacional de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes poetas da tradição ocidental. Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo é conjetura mas, ainda jovem, terá recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e modernas. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas a sua passagem pela escola não é documentada. Frequentou a corte de D. João III, iniciou a sua carreira como poeta lírico e envolveu-se, como narra a tradição, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma vida boémia e turbulenta. Diz-se que, por conta de um amor frustrado, autoexilou-se em África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes, combateu ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas. De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e recebeu uma pequena pensão do rei D. Sebastião pelos serviços prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter. Conheça a nossa lista dos melhores livros de Luís de Camões.
Os Lusíadas, de Luís de Camões, inclui-se na pequena lista dos seis ou sete maiores poemas narrativos da literatura ocidental e apresenta, como tema central, a história e os feitos da nação portuguesa, desdobrados do seu momento culminante: a descoberta do caminho marítimo para as Índias. Com sua publicação, em 1572, Camões cria e codifica o português literário moderno, o mesmo que, com pequenas alterações, usamos até hoje. A presente edição, realizada pelo poeta Alexei Bueno, traz o texto cuidadosamente fixado e com a ortografia modernizada, além de mais de 1.200 notas que esclarecem eventuais dificuldades mitológicas, históricas ou linguísticas sem alterar o ritmo da leitura. Em apêndice, publicam-se as estrofes omitidas ou desprezadas por Camões, descobertas no século XVII, e pela primeira vez reproduzidas no Brasil nesta edição, agora revista e atualizada por seu organizador. Este volume também conta com inúmeras ilustrações, o que faz desta uma das mais completas e belas edições do grande clássico português.
Neste livro, encontramos um Luís de Camões que, diante dos desafios de sua época e de sua geração, foi responsável por uma revolução na poesia em língua portuguesa. Vemos o poeta que participa de refinados jogos na corte, enfrenta tempestades nos mares e nos amores, escreve sonetos teatrais, visuais, musicais e experimenta novas maneiras de escrever e pensar poesia. Os 20 sonetos de Camões aqui reunidos são uma excelente amostra de uma poesia lírica que, apesar de distante de nós no tempo, permanece contemporânea dos leitores que dela se aproximam. Enriquecida com uma fundamentada introdução, notas aos poemas e esclarecedores comentários, esta edição pretende tornar a leitura dos sonetos mais atualizada e informada, tanto para estudantes de ensino médio e universitários quanto para professores e amantes de poesia.
" Em muitas coisas os poetas vêem mais fundo do que reformadores, os psicólogos e os construtores de sistema: e esta ― a causa do por que o Mundo chora ― é uma delas. Habituados a se moverem em países misteriosos, obscuros, submarinos, os poetas verdadeiramente poetas guardam o passo leve, o gesto fino, o discernimento delicado, e assim evitam aqueles deslizes e as quedas feias e tristes [...]. A poesia, pode-se dizer que é um tato espiritual para coisas transcendentes, vistas às vezes nas coisas mais triviais, que todo o mundo vê, vendo-lhe somente a trivialidade. Não admira muito, por isso, que estejam em Camões as mais finas intuições que escaparam entre os dedos grosseiros [...]. E creio que se pode dizer que o melhor Camões não está no humanismo renascentista e na epopéia de lusíada: está na Lírica, que não tem nação nem data. E o melhor desse melhor gira sempre em torno dos temas simples, fundamentais, eternos, que são o Amor e a Fortuna". ― Gustavo Corção
O desejo de plenitude amorosa, as dificuldades existenciais e a injustiça dos homens estão entre os grandes temas do Renascimento presentes na lírica de Camões. Ricos em antíteses e metáforas, seus sonetos estão entre as mais belas expressões literárias da língua portuguesa. A voz reflexiva que se ergue desses versos produz a elevação do espírito e o entusiasmo verbal. Esta edição traz os poemas mais representativos do acervo camoniano, comentados por dois experientes professores de Literatura. Prefácio e Notas Izeti F. Torralvo e Carlos C. Minchillo (Col. Bandeirantes) Ilustrações Hélio Cabral
Os amantes da melhor literatura têm um motivo a mais para celebrar: esta belíssima edição, com uma seleção dos melhores sonetos camonianos sobre o amor. Líricos, eletrizantes e insuperáveis, textos do autor de Os Lusíadas auscultam, a partir da forma poética difundida por Francesco Petrarca (o italiano reputado como o inventor do soneto), o coração de leitores apaixonados. “Luís de Camões amou muito, sofreu muito, teve gozo no seu sofrimento e escreveu dezenas de sonetos (e canções, elegias, odes etc.) numa repetida tentativa de entender o que era essa coisa simultaneamente terrível e sublime”, escreve Richard Zenith na esclarecedora introdução ao volume.
Luis Vaz de Camões nasceu ? supostamente ? em 1524 e morreu em 1580, em Lisboa. Soldado e poeta, viveu uma vida plena de aventuras a serviço do reino português, batendo-se contra mouros, beduínos e outros inimigos da coroa. Freqüentou a corte de D. João III, onde, conta-se, fazia muito sucesso com as mulheres. Viajante emérito, seguiu para o Marrocos, onde perdeu o olho direito numa batalha contra os mouros. Na costa da Conchinchina, seu navio naufragou e Camões perdeu sua companheira Dinamene, mas conseguiu salvar os originais de seu futuramente épico Os lusíadas. Usou seu enorme talento poético para relatar suas experiências como amante e aventureiro. Escreveu Os lusíadas, poema-símbolo da língua portuguesa que relata a grande saga dos descobrimentos. Ficou célebre também pelos seus sonetos, considerados obras-primas do gênero pelo apuro poético e rigor da métrica.