Ernesto Rafael Guevara de la Serna, mais conhecido como Che Guevara (Rosário, 14 de junho de 1928 — La Higuera, 9 de outubro de 1967), foi um revolucionário marxista, médico, autor, guerrilheiro, diplomata e teórico militar argentino. Uma figura importante da Revolução Cubana, seu rosto estilizado tornou-se um símbolo contracultural de rebeldia e insígnia global na cultura popular.
Vencedor do Prêmio Jabuti 2017 de melhor biografia, o historiador Luiz Bernardo Pericás lança uma nova edição, revista e ampliada, de Che Guevara e o debate econômico em Cuba. O livro analisa e interpreta o pensamento econômico guevariano, os debates surgidos em torno de suas ideias nos anos 1960, dentro e fora da ilha, e seu impacto nesse período crucial da história da Revolução Cubana. A obra, como enfatiza o autor, não é um esboço biográfico, tampouco uma narrativa linear sobre os primeiros anos da Revolução Cubana, e se destaca em meio à bibliografia existente, na qual Guevara costuma ser visto mais como guerrilheiro heroico do que como formulador de diretrizes econômicas. O historiador destaca a importância do líder como principal debatedor e incentivador das discussões econômicas daquele período no governo cubano. 'Devemos nos lembrar de que a análise de conjunturas históricas a partir de determinada personalidade propicia ao historiador fazer um estudo mais detalhado sobre o tema. [...] O que tentamos fazer é, portanto, tomar o comandante argentino como centro desta investigação e, a partir dele, discutir uma série de questionamentos em torno do debate econômico em Cuba, assim como, de maneira mais ampla, no campo socialista.'Claro, acessível, bem documentado e escrito em linguagem envolvente, o livro tem o mérito adicional de pôr as ideias de Che Guevara sobre a economia em seu contexto histórico, incluindo as mudanças radicais de seu pensamento - entre 1959 e 1965 - em relação à União Soviética e mesmo a Cuba. Pericás analisa as principais discussões sobre a industrialização da ilha e a gestão das empresas no período em questão, traçando um painel econômico rico a partir de dados estatísticos sobre o país. Para isso, recorreu tanto à bibliografia e a documentos do período mencionado quanto a publicações sobre o tema; e entrevistou estudiosos, especialistas em economia socialista e personalidades do governo cubano que participaram dos projetos de desenvolvimento no início daquele processo. A nova edição foi complementada com dados estatísticos apresentados por estudos historiográficos mais recentes.Lançado originalmente em 2004, Che Guevara e o debate econômico em Cuba ganhou o Prêmio Ezequiel Martínez Estrada 2014, da Casa de las Américas, e foi publicado na Argentina, nos Estados Unidos e em Cuba. A nova edição brasileira contará com prefácio de Michael Löwy, posfácio de Luiz Alberto Moniz Bandeira, textos de capa de Jorge Grespan e Tirso W. Saenz.
A partir de um levantamento minucioso de fatos históricos e testemunhas diretas do período revolucionário, o livro O Verdadeiro Che Guevara desmistifica a imagem de um dos ícones políticos mais controversos do século XX. O Verdadeiro Che Guevara poderia ser facilmente enquadrado como um livro polêmico. Afinal, ele nos mostra uma face desconhecida do famoso herói revolucionário: um médico fracassado, um incompetente estrategista militar e cruel assassino. Contudo, todas essas acusações que em um primeiro instante soam como meramente ofensivas, são evidenciadas por Fontova com um volume inédito de fatos históricos e com testemunhos de participantes diretos da Revolução Cubana, tanto de membros da revolução como de seus refugiados. Com isso o autor vai muito além do que já foi publicado sobre Che. Grande parte das publicações sobre a vida de Ernesto Guevara foram amparadas apenas de duas fontes: uma biografia escrita por um membro do partido comunista do México e os arquivos da Revolução Cubana, que incluem os diários de Che, ambos em poder do Departamento de Propaganda de Cuba e controlados diretamente por Fidel Castro e Aída Guevara, sua viúva. Acrescente-se a essa “revolução” na versão oficial da vida de Guevara, o estilo irônico e sagaz do autor, desnudando por completo um dos maiores ícones do século XX.
As mortes de Che Guevara: 1. O disparo em Cuba 2. A agonia no Congo 3. A execução na Bolívia O título deste livro não resume só uma imagem ou metáfora: quando um sargento boliviano, trêmulo e sob o estímulo da aguardente, metralhou o prisioneiro ferido, Che Guevara já estava morto havia muito. Começou a morrer em Cuba e agonizou no Congo. É o que se relata aqui, com base em pesquisas e testemunhos que remontam a 1961, quando Flávio Tavares conheceu Ernesto Che Guevara, ao cobrir, como jornalista, a Conferência Econômica da OEA, em Punta del Este. Meio século após a execução de 1967, o mito ressurge numa nova história concreta, narrada a partir de depoimentos da mãe, dona Celia, do comandante Benigno (que lutou a seu lado em Cuba, no Congo e na Bolívia), de um coronel boliviano que combateu a guerrilha e de um major aprisionado pelos guerrilheiros, além de outros. Este livro penetra num terreno oculto que as biografias de Che Guevara não abordam: por que ele deixa Cuba e vai ao Congo, depois à Bolívia, em improvisações que o levam ao fracasso? As respostas aqui estão, no ritmo profundo e leve que deu a Flávio Tavares o Prêmio Jabuti em 2000 e 2005 e fez dois grandes escritores do século XX elogiarem Memórias do esquecimento, seu livro inicial.
“Guevara era um indivíduo essencialmente prático. Sua obra é voltada para os problemas que ele precisava solucionar.” E esta obra reúne o pensamento revolucionário de Che sobre temas como o partido marxista-leninista, tática e estratégia da revolução latino-americana, entre outros de grande importância para o nosso tempo.
Embora a imagem de Che seja forte em todo o planeta, nem todos conhecem a extensão do seu legado. No campo político, um dos seus principais desafios foi lutar contra o dogmatismo e o burocratismo do sistema soviético, fazendo o contraponto ao stalinismo, bem como alertando Cuba sobre os riscos que corria.
Obra fundamental para se compreender os principais conceitos do pensamento de Ernesto Che Guevara em relação à crise econômica, ao desenvolvimento do capitalismo, às lutas políticas na América Latina e às suas relações internacionais. Reúne textos escritos de maneira apaixonada por um homem amante da liberdade.
Um retrato revelador e instigante de Che Guevara.Considerada a biografia definitiva sobre Che Guevara, consegue transcender e retratar em detalhes um ser humano complexo. Em edição revista e atualizada, conta com uma nova introdução, um epílogo inédito, mapas revisados e uma cronologia atualizada da vida do ícone latino americano. No novo epílogo, Lee Anderson reflete sobre a situação atual da América Latina, em especial sobre Cuba, e avalia a imagem de Che nos dias atuais.Publicado originalmente em 1997 e eleito o livro do ano pelo New York Times, a biografia traz informações que durante muito tempo permaneceram em sigilo, como a que revela como o corpo de Che havia sido escondido depois de seu assassinato em 1967. Lee Anderson conta como o corpo foi recuperado e enterrado no local de sua batalha mais célebre, reconstituindo em detalhes o retorno, 30 anos depois, dos restos mortais a Cuba.Passados quase 35 anos da morte do líder guerrilheiro, sua imagem permanece sendo evocada em souvenires, estampando de camisetas a canecas, e no discurso político da esquerda latino-americana, em especial em Cuba, Venezuela e Bolívia, reforçando a estratégia nacionalista que sustenta os governos de Hugo Chávez, Evo Morales e Raúl Castro, substituto de Fidel.
Este livro é uma lenda. Publicada na Argentina em 1968, a primeira biografia em quadrinhos do revolucionário Che Guevara vende 60 mil exemplares em poucas semanas e logo desperta a atenção dos militares que se sucedem no comando do país. Em 1973, Che é proibido. As cópias restantes são destruídas e as pranchas originais, queimadas. Os autores, três mestres dos quadrinhos mundiais, acabam na mira dos reacionários. Ameaças sem consequências até que, em 1977, o nome do roteirista Héctor Oesterheld, devido ao seu comprometimento político, acaba na longa e sangrenta lista de desaparecidos da ditadura argentina. O livro se torna, assim, um verdadeiro objeto de culto – amaldiçoado, precioso e inalcançável – até reaparecer na Espanha, 20 anos depois. Hoje, Che retorna em uma edição que injeta sangue novo na veia revolucionária desta obra: uma joia em que os diários de Guevara e as palavras de Oesterheld se fundem à arte dos Breccia e ecoam como um pungente grito de guerra. A edição tem acabamento de luxo, com formato grande, capa dura com verniz localizado, 96 páginas em preto e branco, impressas em papel offset de alta gramatura, além de um marcador de páginas exclusivo. O livro conta ainda com uma apresentação exclusiva assinada por Guilherme Boulos, professor, coordenador do MTST e da Frente Povo Sem Medo.
Saiba maisNinguém melhor para vencer o desafio de escrever uma biografia de Che Guevara do que o mexicano Jorge Castañeda. Respaldado por sua larga experiência no estudo da esquerda latino-americana, ele seguiu as pegadas do revolucionário desde que este era apenas um garotinho asmático da classe média argentina até seu sacrifício final nas mãos do exército boliviano. Castañeda escarafunchou arquivos secretos, recolheu assombrosos depoimentos de testemunhas diretas, vasculhou todos os escritos de e sobre Che Guevara à cata de pistas. O resultado desse esforço está aqui: uma sólida biografia que nos permite ao mesmo tempo entender a vida desse homem singular e reviver de perto suas muitas aventuras.
Saiba mais“Sejamos realistas, façamos o impossível.” Ernesto Che Guevara (1928-1967) é um ícone. Imagens de seu rosto a um só tempo severo e esperançoso (baseadas na célebre fotografia tirada pelo cubano Alberto Korda) estão difundidas no mundo, entranhadas até mesmo na cultura pop. Mas o que se esconde por trás desse retrato, por trás do símbolo de rebeldia e esperança? Este livro se propõe a responder a essa pergunta, seguindo a trajetória do jovem estudante de medicina argentino em viagem iniciática pela América Latina e do homem que se une a um movimento revolucionário, derruba o ditador cubano Fulgencio Batista ao lado de Fidel Castro e acaba por promover um tribunal revolucionário. Idealizador dos campos de “trabalho e reeducação”, Che Guevara ocupou vários cargos importantes no governo de Cuba. Depois de desaparecer da vida política nacional e combater no Congo, o homem a quem é atribuída a frase “há que endurecer, mas sem perder a ternura jamais” foi executado sumariamente pelo exército boliviano.
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