Jean-Paul Charles Aymard Sartre foi um filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra. Repeliu as distinções e as funções problemáticas e, por estes motivos, se recusou a receber o Nobel de Literatura de 1964. Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma "essência" que suceda à existência. Ele também é conhecido por seu relacionamento aberto que durou cerca de 51 anos (até sua morte) com a filósofa e escritora francesa Simone de Beauvoir.
A náusea é o primeiro romance de Jean-Paul Sartre, considerado pela crítica e pelo próprio autor o mais perfeito de sua sempre inquieta e inovadora carreira. O protagonista desta história é o intelectual pequeno-burguês Antoine Roquentin, símbolo de uma geração que descobre, horrorizada, a ausência de sentido da vida. Em um diário, o personagem passa, então, a catalogar impiedosamente todos os seus sentimentos, que culminam em uma sensação penetrante e avassaladora: a náusea. Publicado pela primeira vez em 1938, o livro foi um marco na ficção existencialista e é até hoje um dos textos mais famosos da literatura francesa do século XX. Esta edição conta com prefácio inédito de Caio Liudvik, pós-doutor em Filosofia e autor de Sartre e o pensamento mítico.
Publicado, em 1943, O ser e o nada dá continuidade a uma reflexão que já se iniciara no princípio do século com pensadores como Kierkegaard, Jaspers e Heidegger, exercendo uma incontornável influência sobre as cinco últimas décadas. Sartre desenvolveu um prodigioso e completo sistema de 'explicação total do mundo' através de um exame detalhado da realidade humana como ela se manifesta, estudando o abstrato concretamente. Ao ser publicado, O ser e o nada causou espanto, polêmica, protestos, admiração. Com sua originalidade transgressora e contestações às verdades eternas da tradição filosófica, constitui o apogeu da primeira fase da filosofia sartriana.
Produzidos às vésperas da Segunda Guerra Mundial, enquanto Jean-Paul Sartre assistia ao colapso do mundo que conhecia, os cinco contos de O muro são algumas das melhores representações literárias do pensamento existencialista do escritor e filósofo francês. Dando título ao livro, a primeira história nos põe ao lado de três prisioneiros à beira da execução. Somos, então, confrontados com os sentimentos, reflexões e inquietações dos confinados. As outras narrativas, sem jamais abandonar uma profunda ironia, seguem nos empurrando a situações-limite do corpo e da alma para refletir sobre questões como liberdade, subjetividade, propósito, finitude e os paradoxos da existência.
Jean-Paul Sartre foi um dos mais importantes escritores e filósofos do século XX, poucos intelectuais na História ousaram tanto e deixaram obra tão eclética. Em 1964, o pensador francês revolucionou o memorialismo ao lançar As palavras. Neste registro autobiográfico, único em sua carreira, ao mesmo tempo que revisita sua infância, com lucidez e rigor, o que interessa ao filósofo é desvendar as raízes de sua vocação de escritor e descobrir o sentido moral e social de seu ofício. Um dos maiores sucessos literários de Sartre, As palavras expõe com maestria o retrato de um homem e sua época. Esta edição é prefaciada por Fabio Caprio Leite de Castro, doutor em filosofia e professor da PUCRS.
A Transcendência do Ego é considerada a primeira obra propriamente filosófica de Jean-Paul Sartre. Foi escrita em 1934 e publicada em 1936, alguns anos antes, portanto, de seu magistral O Ser e o Nada, que o consagraria entre os grandes nomes da filosofia contemporânea e, particularmente, do Existencialismo. Aqui Sartre dá início ao seu projeto filosófico, combatendo as teses da presença formal e material do Eu na consciência, defendidas por Kant e Husserl, respectivamente.
O que pensava um dos maiores intelectuais do século XX no início da sua carreira universitária? Em A imaginação, encontramos um Sartre pré-Existencialismo e pré-Segunda Guerra Mundial, fazendo uso de seus estudos recentes sobre a fenomenologia, método desenvolvido pelo filósofo alemão Edmund Husserl, para traçar uma história filosófica sobre a imaginação.Os conceitos apresentados pelo jovem Sartre são embriões de um novo pensamento. Em A imaginação, o autor levanta as contradições intrínsecas ao conceito de imagem, sobre o costume de se pensar a natureza da imagem a partir de uma experiência reflexiva. Já na introdução, Sartre mostra que uma folha em branco não é apenas uma folha em branco. O filósofo propõe uma teoria única para analisar a imagem sem renegar estudos anteriores, observando de que maneira grandes filósofos como Descartes, Leibniz, Hume e Spinoza pensaram esse conceito.
Publicado pela primeira vez em “Tempos Modernos”, em várias edições da revista, o presente ensaio, com algumas modificações e o importante acréscimo de notas, voltou a ser publicado em 1948. “Que é a literatura?” pretendeu ser uma resposta às críticas suscitadas pelo princípio do engajamento, proposto na “Apresentação de Tempos Modernos”, emitidas por escritores que Sartre, por outro lado, até podia estimar. Uma reflexão aprofundada sobre a condição do escritor se impunha, assim como um reexame do que o diretor da revista entendia por “engajamento literário” e a reafirmação de sua urgência.
A náusea é o primeiro romance de Jean-Paul Sartre, considerado pela crítica e pelo próprio autor o mais perfeito de sua sempre inquieta e inovadora carreira. O protagonista desta história é o intelectual pequeno-burguês Antoine Roquentin, símbolo de uma geração que descobre, horrorizada, a ausência de sentido da vida. Em um diário, o personagem passa, então, a catalogar impiedosamente todos os seus sentimentos, que culminam em uma sensação penetrante e avassaladora: a náusea. Publicado pela primeira vez em 1938, o livro foi um marco na ficção existencialista e é até hoje um dos textos mais famosos da literatura francesa do século XX. Esta edição conta com prefácio inédito de Caio Liudvik, pós-doutor em Filosofia e autor de Sartre e o pensamento mítico.
Saiba maisNos três volumes de Os Caminhos da Liberdade, Jean-Paul Sartre descreve a penosa trajetória do homem que abandona a sua individualidade para engajar-se nas questões mais urgentes que o cercam. em "A idade da razão", ele começa a tomar verdadeira consciência de si mesmo; em "Sursis", parte para a descoberta do outro; "Com a morte na alma", por sua vez, culmina no abraço a uma causa social extrema: a guerra.
Saiba maisSartre foi um grande dramaturgo e 'As moscas', texto até hoje inédito no Brasil, está entre suas mais celebradas peças. Nela, as moscas não são apenas insetos repugnantes, mas a representação de todo o mal que recai sobre a França ocupada pelas forças nazistas. Uma brilhante apropriação de Sartre da lenda de Orestes, o herói grego que volta à terra natal com a missão de salvar seu povo consumido pela culpa diante do crime que não cometeu. Esta primeira edição brasileira de As moscas tem apresentação inédita do tradutor, o jornalista e cientista social Caio Liudvik.
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