Simone de Beauvoir, foi uma escritora, intelectual, filósofa existencialista, ativista política, feminista e teórica social francesa, escreveu romances, contos, ensaios, biografias, autobiografia e monografias sobre filosofia, política e questões sociais. Ela é conhecida por seu tratado O Segundo Sexo, de 1949, uma análise detalhada da opressão das mulheres e um tratado fundamental do feminismo contemporâneo, além de seus romances A Convidada e Os Mandarins. Ela lecionou em várias instituições escolares no período entre 1931 a 1943. Nos anos 1940 ela integrava um círculo de filósofos literatos que conferiam ao existencialismo um aspecto literário, sendo que seus livros enfocavam os elementos mais importantes da filosofia existencialista. Além disso, a autora esteve envolvida, juntamente com Sartre e Foucault, no polêmico manifesto que tinha por objetivo alterar a idade de consentimento para relações sexuais na França. A autora revela certa inquietação diante do envelhecimento e da morte em livros como Uma morte suave, de 1964. Em A Cerimônia do Adeus, de 1981, ela narra o fim da existência de seu companheiro Sartre, que havia morrido em 15 de abril do ano anterior. Ela faleceu em 14 de abril de 1986, aos 78 anos de idade, por conta do agravamento de uma pneumonia. Seu corpo foi enterrado no Cemitério de Montparnasse, no mesmo túmulo de Sartre.
Em 1949, Simone de Beauvoir publicava na revista Les Temps modernes alguns capítulos de seu próximo livro, O segundo sexo. Pioneiro, o texto causou grande comoção por seu feminismo audacioso e consagrou a autora no panteão da filosofia mundial. Em homenagem aos setenta anos desta obra revolucionária, a Editora Nova Fronteira preparou esta edição especial, que conta com a colaboração de grandes pensadoras brasileiras. A antropóloga Mirian Goldenberg, a historiadora Mary Del Priore e a filósofa Djamila Ribeiro abordam, em textos inéditos, a importância da obra ao longo das décadas. O livreto extra traz também o impactante ensaio “Quem tem medo de Simone de Beauvoir?”, da filósofa Marcia Tiburi, e uma entrevista com Sylvie Le Bon de Beauvoir, herdeira e editora da escritora francesa, publicada pela Cult. O material conta ainda com fotos que perpassam a vida de Simone de Beauvoir, uma das mentes mais brilhantes do século XX.
Memórias de uma moça bem-comportada é uma esplêndida autobiografia de uma das maiores escritoras do século xx, imone de Beauvoir. Dona de um espírito inconformado e autêntico, Simone nos mostra sua infância religiosa numa família de classe média parisiense, a adolescência rebelde e a posterior devoção à literatura. Ela evoca vividamente suas amizades, seus interesses amorosos, seus mentores e o início da duradoura relação com o escritor e filósofo existencialista Jean-Paul Sartre. Memórias incríveis, numa obra essencial para quem deseja conhecer um pouco mais a vida de um dos principais ícones do feminismo até hoje.
Três histórias, três olhares sobre o tempo, as relações humanas e os papéis sociais, três mulheres maduras. Uma delas, uma intelectual bem-sucedida, de repente se percebe desconectada da própria família. Outra, após dois casamentos fracassados e o suicídio da filha, encontra em seus pensamentos e ressentimentos a única companhia. A terceira, Monique, descobre que o marido tem uma amante. Em comum, suas vidas foram postas em xeque por uma realidade implacável que está a ponto de destruir as mulheres que elas um dia acreditaram ser. Publicado em 1967 perto de Simone de Beauvoir completar 60 anos, A mulher desiludida reúne a essência da literatura da escritora francesa. A ficção, pontuada por elementos autobiográficos, se desenvolve a partir de um subtexto filosófico que suscita reflexões profundas sobre o ser e, acima de tudo, o ser mulher. São narrativas breves e impecáveis que se mantêm não só atuais como obrigatórias ― o retrato de uma artista no auge de sua potência criadora e contestadora.
Esta obra profunda e corajosa, alcançou grande repercussão em todo mundo, levantando questões e soluções para os problemas dos idosos. A Velhice é uma obra intensa, aparentemente cruel porque retrata muitas vezes uma realidade cruel, mas carregada de sensibilidade.
Ícone do pensamento filosófico feminista e uma das principais representantes do movimento existencialista francês do século XX, Simone de Beauvoir completaria 110 anos em 2018. Em sua homenagem, a Nova Fronteira lança o box especial Memórias, com a trilogia autobiográfica da escritora e filósofa. No primeiro volume, Memórias de uma moça bem-comportada, Simone nos mostra sua infância religiosa numa família de classe média parisiense, a adolescência rebelde e a posterior devoção à literatura. Ela evoca vividamente suas amizades, seus interesses amorosos, seus mentores e o início da duradoura relação com o escritor e filósofo existencialista Jean-Paul Sartre. Já A força da idade compreende um período particularmente fecundo de sua trajetória, de 1929 a 1944, constituindo-se num relato dos anos decisivos na formação literária, filosófica e política da intelectual francesa. O terceiro volume, A força das coisas, inicia-se na Paris da Libertação, com a abordagem de acontecimentos políticos, relatos de viagens, pessoas e filmes que marcaram sua vida.
Quase 70 anos depois de ser escrito, chega ao Brasil o romance inédito de Simone de Beauvoir com uma história fundamental para a formação de uma das mais importantes intelectuais do século XX. Escrito em 1954, cinco anos após a publicação de O segundo sexo, As inseparáveis é o romance autobiográfico que conta a história da amizade passional que uniu Sylvie (Simone de Beauvoir) e Andrée (Élisabeth Lacoin, a Zaza).Sylvie e Andrée se conhecem aos 9 anos no colégio Desir, numa Paris em meio à Primeira Guerra Mundial. Andrée é divertida, impertinente, audaciosa; Sylvie, mais tradicional e tímida, logo se sente irremediavelmente atraída por ela. No entanto, por trás da postura rebelde, Andrée tem de lidar com uma família católica fervorosa que, com suas tradições muito rígidas e ambiente opressor, está disposta a esmagar qualquer expressão de individualidade. Juntas, elas trilham o caminho para se libertar das convenções de sua época e das expectativas asfixiantes, mas não fazem ideia do preço trágico que terão de pagar pela liberdade e pelas ambições intelectuais e existenciais.As inseparáveis relata as experiências que fundamentaram a revolta e a obra da grande filósofa francesa: sua emancipação e o antagonismo entre intelectuais e conservadores. Também retrata e denuncia uma sociedade hipócrita e fanática. Essa história catártica de Simone de Beauvoir, publicada com fotos pessoais e cartas trocadas entre as duas amigas, além de introdução de Sylvie Le Bon de Beauvoir, constitui um verdadeiro evento literário. “Oferecendo uma nova perspectiva sobre os primeiros anos de vida de Simone de Beauvoir, este livro sem precedentes explica como essa relação próxima e trágica moldou sua visão do sexismo e das desigualdades de gênero.” - Elle “Uma história apaixonante e trágica [...] que faz o leitor mergulhar na Paris do início do século XX e acompanhar as tribulações de duas jovens rebeldes que questionam o que se espera delas como mulheres.” - Vanity Fair “Um capítulo de formação da juventude de Simone de Beauvoir e um relacionamento fundamental que moldou sua visão sobre desigualdade de gênero e sexismo.” - New York Times “Um romance comovente e cativante sobre a amizade entre duas mulheres.” - The Guardian “A revolta contra os valores sociais conservadores.” - The Times “Teria havido uma Simone de Beauvoir sem uma Zaza?” - El País
O segundo sexo foi publicado originalmente em 1949 e consagrou Simone de Beauvoir na filosofia mundial. A obra, no entanto, não ficou datada e tornou-se atemporal e definitiva. Este boxe traz a divisão original em dois volumes. No primeiro volume, a autora aborda os fatos e os mitos da condição da mulher numa reflexão fascinante. Já no segundo, Simone de Beauvoir analisa a condição da mulher em todas as suas dimensões: sexual, psicológica, social e política. Uma obra fundamental, que inaugurou um novo modelo de pensamento sobre a mulher na sociedade.
Publicado em 1954, este livro assinala o definitivo engajamento político e literário de Simone de Beauvoir. Romance existencialista, Os mandarins descreve a atmosfera febril da França entre 1944 e 1948, as repercussões da Segunda Guerra Mundial, a agitação intelectual, a corrupção moral, os dilemas e as dúvidas da esquerda e, sobretudo, “o chão coberto de ilusões desmoronadas”. Simone de Beauvoir recebeu por este livro um dos mais importantes prêmios literários da França, o Goncourt.
Saiba maisO fim da Segunda Guerra Mundial, a França liberta do poder hitlerista e o recomeço da Europa são o ponto de partida para o terceiro livro de memórias de Simone de Beauvoir. Em A força das coisas, ela nos relata sua experiência como pensadora consagrada, numa escrita sóbria e madura. A autora remonta belas histórias de viagens (à Espanha e à Áustria, por exemplo) e o cotidiano da intelectualidade francesa, com montagens de peças, publicações de livros, divulgação de manifestos em revistas, enfim, o soerguimento das manifestações culturais no pós-guerra. Simone dedica ainda parte desta obra a suas impressões sobre o Brasil, a partir de sua visita com Sartre, guiada por Jorge Amado. Esta edição conta com a tradução de Maria Helena Franco Martins e traz um prefácio inédito da professora e pesquisadora Magda Guadalupe dos Santos.
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