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04/02/2022 09:35:39

Melhores Livros de João Cabral de Melo Neto

Selecionamos os melhores livros de João Cabral de Melo Neto com venda on-line.

Melhores Livros de João Cabral de Melo Neto João Cabral de Melo Neto foi um poeta e diplomata brasileiro. Sua obra poética, que vai de uma tendência surrealista até a poesia popular, porém caracterizada pelo rigor estético, com poemas avessos a confessionalismos e marcados pelo uso de rimas toantes, inaugurou uma nova forma de fazer poesia no Brasil. É considerado o maior poeta de língua portuguesa por escritores como Mia Couto. Foi agraciado com vários prêmios literários, entre eles o Prêmio Neustadt, tido como o "Nobel Americano", sendo o único brasileiro galardoado com tal distinção, e o Prêmio Camões. Quando morreu, em 1999, especulava-se que era um forte candidato ao Prêmio Nobel de Literatura.

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Morte e vida Severina

Um dos poemas mais populares de João Cabral de Melo Neto, “Morte e vida severina” dá voz aos retirantes nordestinos e ao rio Capibaripe, em cenas fortes e contundentes. Clara crítica social, o autor descreve a viagem de um sertanejo chamado Severino, que sai de sua terra natal em busca de melhores condições de vida. Durante a jornada, Severino se encontra tantas vezes com a Morte que, desiludido e impotente, percebe que a luta é inútil - como ele, tantos outros severinos padecem com a miséria e o abandono. Apenas o nascimento de um bebe, uma criança-severina, renova as esperanças e o espírito cansado daquele que já não tinha motivos para continuar a viver.

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Morte e vida Severina
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Poesia completa

Um dos maiores poetas de língua portuguesa do século XX, João Cabral de Melo Neto ficou conhecido pelo estilo conciso, rigor formal e apurada crítica social ― numa comparação feita por ele mesmo, o poeta seria como um escultor, que incessantemente corta a pedra até que a escultura surja de dentro dela. Sua produção foi reunida nesta Poesia completa, que traz seus primeiros poemas e depois seu primeiro livro, Pedra do sono, lançado no início dos anos 1940, passando por textos que já se tornaram clássicos da nossa literatura como O cão sem plumas, Morte e vida Severina, A educação pela pedra, Museu de tudo, Auto do frade, até Sevilha andando, seu derradeiro livro. O autor faleceu em 1999, deixando uma obra de força descomunal. Para comemorar seu centenário, esta Poesia completa traz ainda textos póstumos, dispersos e inéditos, organizados por Antonio Carlos Secchin com a colaboração de Edneia Ribeiro. “Mudou profundamente não só a poesia, mas a cultura brasileira.” ― João Alexandre Barbosa “Na sua geração, não tem quem o iguale, mesmo em dimensão universal.” ― Augusto de Campos “Cortava a poesia com a faca só lâmina de sua extraordinária força vocabular, criando impactos ao mesmo tempo plásticos e fundamentais. Nunca usava o enfeite como complemento da essência, tudo nele era inaugural, primeiro, único.” ― Carlos Heitor Cony “Ela [a poesia de João Cabral] trata as palavras como se fossem coisas e organiza

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A educação pela pedra

Entre os anos de 1960 e 1966, João Cabral de Melo Neto publica poemas que, hoje, são considerados vitais em sua produção literária. Em 1961, ele lança o volume Terceira feira, que reúne três de seus livros: Quaderna, publicado pela primeira vez em Lisboa, em 1960, Dois parlamentos, editado em Madri, em 1961, e o até então inédito Serial, composto de 16 poemas. São livros que retomam temas anteriores, de Pernambuco e Sevilha, com algumas inovações - é o caso dos retratos femininos de Quaderna, como o belíssimo, e já antológico, poema que abre o volume, "Estudos para uma bailadora andaluza". Em 1966, é publicado A educação pela pedra, vencedor de diversos prêmios, entre eles o Jabuti, o da União de Escritores de São Paulo e o do Instituto Nacional do Livro. Juntos, os quatro livros representam o momento mais importante da poesia cabralina. Neles, o autor alcança um nível de precisão e maestria poucas vezes visto na literatura, construindo sua poesia de maneira admirável. São planos estruturais montados especificamente para cada livro, nunca repetidos, em que os poemas se encaixam a formatos previamente estabelecidos, se articulam em grupos e em pares, criando um plano arquitetônico elaborado e, ao mesmo tempo, capaz de emocionar com construções de grande força e beleza Com apuro e beleza, precisão e um trabalho incansável na estruturação dos versos e na escolha das palavras, João Cabral de Melo Neto atinge sua maturidade criadora em A educação pela pedra, que se consagra como obra decisiva na trajetória do poeta pernambucano. Já conhecido e respeitado como um dos grandes nomes da literatura brasileira, a partir das publicações de O cão sem plumas (1950), O rio (1953) e Morte e vida severina (1956), agora é visto no domínio total de sua linguagem.

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A educação pela pedra
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A escola das facas/ auto do frade

A escola das facas, livro que abre o volume, é considerado um marco em sua poesia. Publicado em 1980, enquanto o autor ocupava o posto de embaixador no Equador, apresenta 44 poemas que falam de Pernambuco, com suas paisagens de coqueiros e canaviais, seus engenhos, seus personagens políticos e figuras históricas. São poesias que retomam os temas consagrados de Cabral - o rio, o sertão, o povo e o canavial. No entanto, o poeta, ao recontar antigas memórias de criança, pela primeira vez se coloca como personagem. Em Autobiografia de um só dia, por exemplo, ele imagina seu nascimento; em "Prosas da maré na Jaqueira", versa sobre o Capibaribe da infância; em "Descoberta da literatura", fala de seu contato com a literatura de cordel, ainda menino, quando lia as histórias em voz alta aos empregados do engenho. Em Auto do frade, publicado quatro anos mais tarde, Cabral narra o momento em que Frei Caneca, ou frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, figura proeminente da Revolução Constitucionalista de Pernambuco, de 1824, é levado à execução. "Que ninguém se aproxime dele./ Ele é um réu condenado à morte./ Foi contra Sua Majestade,/ contra a ordem, tudo que é nobre."

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A escola das facas/ auto do frade
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Crime na Cale Relator / Sevilha andando

A poética de um dos maiores escritores brasileiros do século XX se resume nestes dois livros editados num único lançamento - Crime na calle Relator (1987) e Sevilha andando (1989). Nessas duas obras, João Cabral de Melo Neto adota temas distintos sem, no entanto, abandonar o rigor e a forma que o consagraram. Dentre as cidades em que viveu na Espanha - Barcelona, Madri e Sevilha -, é a essa última que o poeta dedica seus últimos trabalhos. Adotando um tom mais lírico, o autor versa sobre as paisagens da cidade, suas ruas e pátios, e principalmente sobre o andar da mulher andaluza, atribuindo à cidade uma figura feminina. Os textos aqui reunidos trazem nos títulos referências a um dos lugares que mais tocaram João Cabral, conforme confessou no poema Autocrítica do livro A escola das facas. Em Sevilha Andando, o poeta deixa de lado sua amada Recife para falar de outra cidade onde morou e se apaixonou, e assim a descreve em "O segredo de Sevilha": "Sevilha é um estado de ser,/ menos que a prosa pede o verso". Já em Crime na calle Relator, o humor é ingrediente principal utilizado pelo poeta nas 25 pequenas histórias baseadas em fatos reais que compõem o livro. Com descrições de cunho realista, o autor dá vida a essas anedotas ocorridas em diferentes lugares da Espanha. João Cabral de Melo Neto descreve personagens notáveis em seus versos, como toureiros, poetas, bailadores, e cantadores andaluzes, sem deixar de lado, porém, a marca que o tornou um dos maiores poetas brasileiros: a precisão com a palavra e o trabalho constante no aperfeiçoamento do verso.

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Crime na Cale Relator / Sevilha andando
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O cão sem plumas

Neste volume estão reunidos os primeiros livros de João Cabral de Melo Neto, a começar por Pedra do sono, de 1942, até O cão sem plumas, de 1950. Considerado uma obra-prima desde que foi publicado, o poema alçou o escritor pernambucano ao patamar mais elevado da literatura brasileira, colocando-o ao lado de nomes fundamentais, como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira.

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O cão sem plumas
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A literatura como turismo

Ao longo de seus quase cinquenta anos de carreira diplomática, João Cabral de Melo Neto morou em países como Espanha, Inglaterra, Senegal, Equador e Honduras. A cultura e a paisagem desses lugares marcaram sua poesia de forma expressiva. Sevilha talvez tenha sido a cidade mais cantada pelo poeta, mas não foi, de modo nenhum, a única. No Equador, por exemplo, o fascínio pela natureza e pelos índios dos Andes produziu joias como “O corredor de vulcões” e “O índio da Cordilheira”. Entrelaçados a esses poemas, os relatos memorialistas de Inez Cabral revelam ao leitor aspectos cotidianos da vida de João: seus hábitos, opiniões e gostos.

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A literatura como turismo
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Notas sobre uma possível a casa de farinha

Casa de farinha é uma rara oportunidade de observar João Cabral, hábil engenhoso artesão, em sua oficina de palavras. Diante das anotações do poema, é possível flagrá-lo desde os primeiros esboços, em 1966, até o rascunho incompleto dos primeiros versos, em 1985, portanto 19 anos depois de tê-lo iniciado. Notas sobre uma possível “A casa de farinha” é um poema inacabado de João Cabral de Melo Neto, cujo manuscrito é revelado pela primeira vez para leitores e estudiosos. Escrito na forma de poema longo, o texto não chegou a ser finalizado, mas se encaixa perfeitamente no corpo da obra cabralina ao seguir a mesma linhagem de outros clássicos de sua obra. A cegueira havia impedido o poeta de terminar o trabalho, mas as páginas cuidadosamente guardadas em um fichário escolar traziam os esboços dos diálogos iniciais. Conhecido pela minúcia de sua produção e pela depuração de cada verso, João Cabral escreveu anotações e diversas possibilidades para cada situação desenvolvida. A edição publicada pela Alfaguara traz a reprodução fac-similar das anotações e rascunhos da obra de um dos maiores poetas brasileiros e inclui dois ensaios assinados, respectivamente, pelo poeta e escritor Armando Freitas e pelo jornalista Luís Pimentel, além do prefácio de Inez Cabral, organizadora do volume. Em seu texto, a filha do poeta relata as circunstâncias em que teve acesso ao material e o fato de seu pai ter lhe dado carta branca para uma possível publicação póstuma da obra, se julgasse conveniente.

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Notas sobre uma possível a casa de farinha
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Agrestes

Publicado originalmente em 1985, Agrestes retoma os temas comuns à obra de João Cabral de Melo Neto, principalmente os abordados em seu livro anterior, Museu de tudo, que ele considerava como uma coleção aleatória de poemas. Essa retomada, no entanto, traz sempre algo de novo. João Cabral fala de Recife e Pernambuco, mesclados com certa nostalgia e com suas lembranças de infância; faz descrições da Espanha e, sobretudo, de Sevilha, onde sua poesia ganha um aspecto feminino, sensual; versa sobre autores consagrados, como Henry James, Murilo Mendes e Paul Valéry; descreve suas impressões como embaixador na África e na América Latina; e, finalmente, compõe poemas ligados à morte, muitas vezes com uma certa ironia que lhe é característica. Nos versos que encerram o volume, ele diz que "Aos sessenta, o pulso é pesado: / faz sentir alarmes de dentro", e parece querer deixar de escrever. Mas a desistência é passageira. Nos anos seguintes publicará novos volumes de poesia que, como Agrestes, reafirmam toda sua genialidade.

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Agrestes
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Museu de tudo

Museu de tudo impressiona pela variedade temática. Se as demais obras de João Cabral de Melo Neto são estruturadas em seus mínimos detalhes, esse livro traz uma coletânea mais livre, com poemas que falam de artistas plásticos e suas esculturas, escritores, cidades, viagens, futebol, amigos, aspirina - que o poeta sempre tomou contra uma dor de cabeça crônica -, ou que discutem o tempo e a função da poesia, retomando questões que sempre lhe foram caras. Publicado em 1975, Museu de tudo é um livro que impressiona pela variedade temática. Em uma análise preliminar, foge ao estilo de João Cabral de Melo Neto: seus livros anteriores eram sempre pensados de uma forma integrada, coesa. Neste, por outro lado, o autor pernambucano seleciona oitenta poemas aparentemente díspares, alguns escritos tempos atrás, e os agrupa neste “museu”. “É depósito do que aí está,/ se fez sem risca ou risco”, escreve ele, nos versos que abrem o volume. Mas se Museu de tudo não segue uma estrutura rigorosa, se “(...) não chega ao vertebrado/ que deve entranhar qualquer livro”, isso não o torna uma obra menos complexa ou menos rigorosa. Nela, podemos ver o universo de João Cabral sendo trabalhado e retrabalhado, com novas imagens e abordagens para temas já consagrados, em um contínuo esforço na apuração de seus versos. Em suas páginas, o poeta rende homenagem a amigos, como Vinicius de Moraes, Marques Rebelo e Manuel Bandeira, e a artistas admirados - Mondrian, Rilke e Proust - e suas obras. Mas outros motivos frequentes no universo cabralino aparecem entre os que falam do amor pelo futebol, da aspirina - que o poeta sempre tomou contra uma dor de cabeça crônica, de Pernambuco com suas casas-grandes e seus canaviais, de Sevilha e de sua passagem pela África como embaixador. Ou ainda discutem o tempo e a função da poesia, retomando questões que sempre lhe foram caras. “É um inventário, um livro de acumulação: paisagens, viagens, leituras, amizades, a ronda da morte, reflexões, quadros e pintores, futebol e dança”, escreve Lêdo Ivo. “Nele o poeta exibe a sua natural redução a si mesmo, ao seu perfil inconfundível, à sua singularidade e aos seus limites.”

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Museu de tudo

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