Ruy Castro é um jornalista, biógrafo e escritor brasileiro. Nascido em Caratinga, no interior de Minas Gerais, mudou-se ainda em seus primeiros anos de vida com seus pais para a cidade do Rio de Janeiro. É reconhecido pela produção de biografias como O Anjo Pornográfico (a vida de Nelson Rodrigues), Estrela Solitária (sobre Garrincha), Carmen (sobre Carmen Miranda) e de livros de reconstituição histórica, noção como Chega de Saudade (sobre a Bossa nova), Ela é Carioca (sobre o bairro de Ipanema, no Rio) e A Noite do Meu Bem (sobre o samba-canção). Conheça a nossa seleção dos 10 melhores livros de Ruy Castro.
Garrincha fez o mundo rir. Agora ele fará você chorar. Estrela solitária - Um brasileiro chamado Garrincha conta a dramática história de um ídolo amado por uma mulher e por um povo inteiro, mas que acabou destruído por um inimigo implacável.Esta é mais que uma espantosa biografia. É um livro cheio de revelações até para os que julgavam conhecer Garrincha. Para os brasileiros de hoje, que só conhecem o seu mito, Estrela solitária será lido como um romance de paixão e desventura, tendo como cenário o Rio e o Brasil dos anos 50 e 60. Só que os personagens e os fatos são reais. Para descrever essa trajetória, Ruy Castro, autor de Chega de saudade e O anjo pornográfico, fez mais de 500 entrevistas com 170 pessoas. Garrincha renasce em Estrela solitária como um herói - um herói tragicamente humano.Prêmio Jabuti 1996 de Melhor Ensaio e Biografia
A vida de Nelson Rodrigues (1912-1980) foi mais espantosa do que qualquer uma de suas histórias. E olhe que ele escreveu peças como Vestido de noiva e Boca de ouro, romances como Asfalto selvagem e O casamento e os milhares de contos de A vida como ela é... . Mas foi de sua vida, e da vida de sua trágica família, que Nelson Rodrigues extraiu a obsessão pelo sexo e pela morte.Gênio ou louco? Tarado ou santo? Reacionário ou revolucionário? Nenhum outro escritor brasileiro foi tão polêmico em seu tempo.Para escrever O anjo pornográfico, Ruy Castro, autor do consagrado Chega de saudade, realizou centenas de entrevistas com 125 pessoas que conheceram intimamente Nelson Rodrigues e sua família. Elas o ajudaram a reconstituir essa assombrosa história, capaz de arrancar risos e lágrimas.Prêmio Jabuti 1993 de Melhor Capa
Chega de saudade reconstitui a vida boêmia e cultural carioca dos tempos da Bossa Nova - boate por boate, tiete por tiete, história por história. Para compor este fascinante mosaico envolvendo música e comportamento, Ruy Castro ouviu dezenas de seus participantes: compositores, cantores, instrumentistas - além dos amigos e inimigos deles.O resultado é uma narrativa que se lê como um romance, cheia de paixões e traições, amores e desamores, lances cômicos e trágicos - protagonizados por João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Newton Mendonça, Nara Leão, Carlinhos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Maysa, Johnny Alf, SylvinhaTelles, Elis Regina e pela legião de jovens que eles seduziram com seu charme e suas canções - para sempre.
Uma cidade em convulsão na imprensa, na literatura, na música popular, na ópera, no teatro, nas artes plásticas, no cinema, na caricatura, na praia, na ciência, na arquitetura, no futebol, na luta das mulheres, nos costumes, no sexo e nas drogas. Se o Brasil dos anos 20 ainda engatinhava rumo à modernização, o Rio de Janeiro tinha vida própria e já era sinônimo de arrojo e vanguarda. É essa capital fervilhante o cenário e a protagonista do novo livro de Ruy Castro. Em Metrópole à beira-mar, um de nossos maiores biógrafos faz uma saborosa reconstituição histórica dos anos loucos cariocas, entrelaçando eventos políticos e culturais à trajetória dos personagens ― os lembrados e os esquecidos ―, que fizeram e mudaram a história. Quem fez o Rio dos anos 20: Adalgisa Nery ◦ Adhemar Gonzaga ◦ Agrippino Grieco ◦ Alvaro Moreyra ◦ Aracy Cortes ◦ Benjamin Costallat ◦ Bertha Lutz ◦ Bidu Sayão ◦ Carlos Chagas ◦ Carmen Miranda ◦ Cecilia Meirelles ◦ Di Cavalcanti ◦ Elsie Houston ◦ Eugenia Alvaro Moreyra ◦ Francisco Alves ◦ Gilka Machado ◦ Ismael Nery ◦ Ismael Silva ◦ J. Carlos ◦ Jayme Ovalle ◦ João do Rio ◦ Laurinda Santos Lôbo ◦ Lima Barreto ◦ Manuel Bandeira ◦ Mario Reis ◦ Murilo Mendes ◦ Orestes Barbosa ◦ Oswaldo Goeldi ◦ Patrocinio Filho ◦ Pixinguinha ◦ Procopio Ferreira ◦ Ronald de Carvalho ◦ Roquette-Pinto ◦ Sinhô ◦ Théo-Filho ◦ Vera Janacopoulous ◦ Villa-Lobos
Na estreita faixa entre o Atlântico e a Lagoa Rodrigo de Freitas, chamada Ipanema, no Rio de Janeiro, “produziu-se a maior quantidade de cronistas, poetas, romancistas, designers, arquitetos, cartunistas, artistas plásticos, compositores, cantores, jornalistas, fotógrafos, cineastas, dramaturgos, roteiristas, cenógrafos, figurinistas, atores, diretores de TV, modelos, estilistas de moda e esportistas de que se tem notícia no Brasil”. Por sessenta anos, essa “província de cosmopolitas” influiu decisivamente na cultura brasileira, e muitos de seus protagonistas se tornaram estrelas reconhecidas em todo o Brasil. Ela é carioca compõe-se de 237 verbetes, abrangendo centenas de figuras que ajudaram a mudar o jeito de o brasileiro escrever, falar, se comportar, se vestir e até se despir. Narrados no estilo inconfundível de Ruy Castro, essas minibiografias se completam mutuamente e apresentam não apenas a história de cada figura, mas transportam o leitor ao fervilhante clima cultural da época. Tudo isso é Ipanema: Tom Jobim, Leila Diniz, Rubem Braga, Tônia Carrero, Millôr Fernandes, Danuza Leão, Vinicius de Moraes, Fernando Gabeira, Jô Soares, João Saldanha, Paulo Francis, Odette Lara, Glauber Rocha, Ibrahim Sued, Alair Gomes, Jaguar, Marina Colasanti, Ira Etz, Ferreira Gullar, Roniquito de Chevalier, Nelson Motta, Cazuza, Zózimo Barrozo do Amaral, Ziraldo, Zuzu Angel, e muito mais.
Carmen, o novo livro de Ruy Castro, é a maior biografia de um artista já publicada no Brasil. Ano a ano, o autor acompanha a vida da brasileira mais famosa do século XX - do nascimento da menina Maria do Carmo, numa aldeia em Portugal (e a vinda ao Rio de Janeiro, em 1909, com dez meses de idade), à consagração brasileira e internacional de Carmen Miranda e sua morte em Beverly Hills, aos 46 anos, vítima da carreira meteórica e dos muitos soníferos e estimulantes que massacraram seu organismo em pouco tempo. Mas Carmen não é apenas uma biografia. Enquanto entrelaça a intimidade e a vida pública da maior estrela do Brasil, Ruy Castro nos leva a um passeio pelo Rio dos anos 20 e 30, e por Nova York e Hollywood dos anos 40 e 50 - cenários em que é especialista. E ainda resgata a história da música popular brasileira, da praia, do Carnaval, da juventude do passado, da Rádio Mayrink Veiga, do Cassino da Urca, da Broadway, dos gângsters que dominavam os nightclubs americanos e dos bastidores dos estúdios de cinema - numa época em que para estrelas como Carmen, as noites não tinham fim.
Sua camisa vermelha e preta viaja de canoa pelos igarapés, galopa pelas coxilhas, caminha pelos sertões, colore todas as praias, está nos barracos e nas coberturas. Suas cores vestem homens e mulheres, famosos e anônimos, pobres e ricos, idosos e crianças, feios e bonitos. Quem é? Leva o prêmio quem disser Flamengo. É o clube de maior torcida do Brasil e - por que ser modesto? - do mundo. Com seus quase 40 milhões de adeptos, chega perto da população inteira da Espanha. E, apesar de cobrir todo o território, é surpreendentemente una. (Como se explica que um rubro-negro do Acre ou de Caxias do Sul reaja exatamente como um rubro-negro do Leblon?) No dia em que se estudar a fundo a integração nacional à luz da modernidade, vai-se descobrir que, além do Flamengo, talvez só a Igreja Católica e o jogo do bicho sejam tão abrangentes. Não por acaso, as três instituições se alimentam da mesma matéria-prima: a fé. O vermelho e o negro (originalmente editado pela DBA, em 2001) é uma narrativa ágil, alegre e informativa da (mais que centenária) trajetória do Flamengo, por um escritor de pele decididamente rubro-negra: Ruy Castro. Sim, é o livro de um torcedor do Flamengo. Mas para ser lido também pelos torcedores dos times adversários e até pelos que não torcem por time nenhum - e que, depois disso, talvez entendam melhor a magia que o futebol desperta.
Billie Holiday. Anita O'Day. Doris Day. Fred Astaire. Mae West. Orson Welles. Billy Wilder. Alfred Hitchcock. Dashiell Hammett. Raymond Chandler. Humphrey Bogart. Glenn Miller. Frank Sinatra. Um século que produziu esses artistas não pode ter sido de todo mau. Em Saudades do século XX, Ruy Castro conta a vida desses nomes universalmente admirados do cinema, da literatura e da música popular. Uma vida tão rica e emocionante quanto a obra que deixaram. E, em muitos casos, uma vida que foi o exato oposto da imagem que eles passavam em seus filmes, livros e discos. Você vai ver.
Saiba maisUm filme é para sempre responde a um antigo desejo dos leitores de Ruy Castro: reler seus melhores artigos sobre cinema publicados na imprensa nos últimos trinta anos. São perfis de atores e atrizes americanos e europeus do período clássico, pequenos ensaios sobre diretores e comentários sobre filmes famosos e obscuros. O elenco vai de Bette Davis, Marlon Brando, Zsa Zsa Gabor e Boris Karloff a Bob Fosse, Max Factor, Leni Riefenstahl e ao Dr. Mabuse. Todos os artigos têm as marcas registradas que tornam os textos de Ruy tão saborosos: originalidade e informação, clareza e humor - o mesmo estilo que ele imprime às biografias pelas quais ficou conhecido, como O anjo pornográfico, Estrela solitária e Carmen. Os textos do livro foram agrupados em catorze capítulos com temas como musicais, seriados, filmes de assuntos sérios (como espionagem ou alcoolismo) e sobre a vida conturbada de atores, atrizes e diretores, entre muitos outros. Ruy faz revelações surpreendentes: o leitor fica sabendo, por exemplo, quais as grandes obras-primas do cinema que jamais chegaram a ser filmadas; conhece a verdadeira personalidade de figuras doces e engraçadas como Gene Kelly, Groucho Marx e Jerry Lewis; descobre o drama que havia na vida de mulheres lindas como Lana Turner, Esther Williams e Romy Schneider; e é apresentado a facetas insuspeitas de astros tão marcantes como John Wayne, Boris Karloff ou Marcello Mastroianni. Com a intimidade de quem é apaixonado pelo assunto, Ruy Castro também apresenta personalidades menos conhecidas (mas não menos importantes e fascinantes), como os diretores Preston Sturges e Mark Sandrich, os dançarinos negros Nicholas Brothers e os coreógrafos Busby Berkeley e Stanley Donen, que criaram alguns dos mais belos números de dança do cinema. E, em pelo menos dois artigos, Ruy relata experiências pessoais, como quando presenciou a Revolução dos Cravos, em Portugal (que depois viu retratada no filme Capitães de abril), e participou da Geração Paissandu. Um filme é para sempre faz parte da coleção que reúne o melhor da crítica brasileira de cinema e que já homenageou os mestres José Lino Grünewald (Um filme é um filme, 2001) e Antonio Moniz Vianna (Um filme por dia, 2004).
Saiba maisAté 1946, quando o presidente Eurico Gaspar Dutra proibiu os jogos de azar no Brasil, a noite carioca girava em torno dos grandes cassinos: o da Urca, o do Copacabana Palace, o Atlântico, ou mesmo, subindo a serra, o Quitandinha, em Petrópolis. Eram verdadeiros impérios da boemia, onde a roleta e o pano verde serviam de pretexto para espetáculos luxuosos, atrações internacionais e muito champanhe. A canetada presidencial gerou uma legião de desempregados - músicos, cantores, dançarinas, coristas, barmen, crupiês - e um contingente ainda maior de notívagos carentes. Os cassinos fecharam para sempre, mas os indestrutíveis profissionais da noite, sem falar nos boêmios de plantão, logo encontraram um novo habitat: as boates de Copacabana. Eram casas em tudo diversas dos cassinos. Em vez das apresentações grandiosas, dos espaçosos salões de baile e das orquestras em formação completa - que estimulavam uma noite ruidosa -, as boates, com seus pianos e candelabros, favoreciam a penumbra e a conversa a dois. Isso não quer dizer que tenham deixado de ser o centro da vida social. Ao contrário, não havia lugar melhor para saber, em primeira mão, da queda de um ministro, de um choque na cotação do café ou de um escândalo financeiro do que nas principais boates, como o mítico Vogue, frequentado por exuberantes luminares da República e por grã-finos discretos e atentos. Mas a noite era outra: assim como a ambiance, a música baixou de tom. Os instrumentistas e cantores voltaram aos palcos em formações menores, andamento médio e volume baixo, quase um sussurro. Tomava corpo um novo gênero, um samba suavizado pela canção, que encontrou nas boates o lugar ideal para se desenvolver plenamente. Essa nova música, com seus compositores, letristas e cantores; as boates, com seus criadores, funcionários e frequentadores, e o excitante contexto social e histórico que fez tudo isso possível são o tema do novo livro de Ruy
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