Ana Maria Gonçalves é uma escritora brasileira nascida em Ibiá, no estado de Minas Gerais. Começou a escrever contos e poemas desde a adolescência, sem chegar a publicar. A paixão pela leitura nasceu durante a infância, e desde criança lia jornais, revistas e livros. Conheça a seleção de nossos editores para os melhores Livros de Ana Maria Gonçalves que não podem faltar na sua coleção.
Fascinante história de uma africana idosa, cega e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas. Ao longo da travessia, ela vai contando sua vida, marcada por mortes, estupros, violência e escravidão. Inserido em um contexto histórico importante na formação do povo brasileiro e narrado de uma maneira original e pungente, na qual os fatos históricos estão imersos no cotidiano e na vida dos personagens. Um Defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves, é um belo romance histórico, de leitura voraz, que prende a atenção do leitor da primeira à última página. Uma saga brasileira que poderia ser comparada ao clássico norte-americano sobre a escravidão, Raízes.
As pesquisadoras Fernanda R. Miranda e Maria Aparecida Cruz de Oliveira apresentam uma cartografia abrangente da crítica produzida em torno de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves. Primeira antologia dedicada ao romance já publicada no Brasil, ela conta com 20 artigos e ensaios que refletem sobre o romance e uma carta do escritor Michel Yakini a personagem Kehinde, contando um pouco sobre o Brasil contemporâneo. Obra paradigmática para a literatura brasileira e para a escrita em língua portuguesa, Um defeito de cor é representativo para as afrodescendências latino-americanas e incontornável para as geografias da colonização que ainda demarcam o nosso espaço-tempo e a nossa memória. Ana Maria Gonçalves acresce a este corpo autoral – território de narrativas em disputa – um proeminente campo reflexivo, ampliando, assim, o lugar de intérpretes negros da nação e da História dentro da escrita literária.
Vencedor do prestigioso Prêmio Casa de las Américas e incluído na lista da Folha de S.Paulo como o sétimo entre 200 livros mais importantes para entender o Brasil em seus 200 anos de independência, Um defeito de cor conta a saga de Kehinde, mulher negra que, aos oito anos, é sequestrada no Reino do Daomé, atual Benin, e trazida para ser escravizada na Ilha de Itaparica, na Bahia. No livro, Kehinde narra em detalhes a sua captura, a vida como escravizada, os seus amores, as desilusões, os sofrimentos, as viagens em busca de um de seus filhos e de sua religiosidade. Além disso, mostra como conseguiu a sua carta de alforria e, na volta para a África, tornou-se uma empresária bem-sucedida, apesar de todos os percalços e aventuras pelos quais passou. A personagem foi inspirada em Luísa Mahin, que teria sido mãe do poeta Luís Gama e participado da célebre Revolta dos Malês, movimento liderado por escravizados muçulmanos a favor da Abolição. Esta edição especial, em novo projeto gráfico, inclui obras de Rosana Paulino – artista visual que participou da Bienal de Veneza e tem obras expostas nos principais museus do mundo, como o Metropolitan, de Nova York, e a Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa – e o conto afrofuturista inédito “Ancestars”, a primeira narrativa de Ana Maria Gonçalves publicada desde o lançamento de Um defeito de cor. O texto de orelha é assinado pela premiada escritora Cidinha da Silva. Pautado em intensa pesquisa documental, Um defeito de cor é um retrato original e pungente da exploração e da luta de africanos na diáspora e de seus descendentes, durante oito décadas da formação da sociedade brasileira. O livro inspirou, em 2022, uma exposição homônima no Museu de Arte do Rio (MAR), com curadoria de Amanda Bonan, Marcelo Campos e da própria Ana Maria Gonçalves.
É um livro voltado para pessoas de reflexão, com pensamento próprio, que saibam se posicionar diante dos estímulos da sociedade, que se sentem participantes da história.Traz mais de cinquenta propostas de dinâmicas para serem desenvolvidas nos grupos de trabalho, nas escolas, no lazer e mesmo na família. É uma proposta de trabalho que vem sendo desenvolvida junto à formação de lideranças, dirigentes sindicais, associações comunitárias, agentes de pastorais, entre outros, que lutam por uma sociedade livre, aberta e engajada na luta por seus direitos.O uso das dinâmicas nos processos alternativos de educação em grupos visa proporcionar vivências de novas e questionadoras situações. No confronto de comportamentos, hábitos, e conhecimentos individuais, espera-se que o participante seja levado a uma avaliação e reelaboração evolutiva, que potencialize o grupo no aprimoramento da subjetividade e no próprio processo de educação e construção do conhecimento e da prática social.