Corpos Secos é uma obra colaborativa escrita por Marcelo Ferroni, Luisa Geisler, Samir Machado de Machado e Natalia Borges Polesso Vencedor do Prêmio Jabuti na categoria: Romance de Entretenimento. Lançado em 2020, o livro se destaca por sua narrativa envolvente e pelo retrato apocalíptico do Brasil, que mistura elementos de ficção científica com uma crítica social bastante relevante. A história se passa em um Brasil devastado por uma epidemia misteriosa que transforma as pessoas em zumbis. A trama segue diferentes personagens em suas jornadas de sobrevivência, cada um enfrentando os horrores de um mundo pós-apocalíptico à sua maneira. O cenário é sombrio e caótico, com cidades destruídas, ruas desertas e um constante estado de medo e desespero. Um dos pontos mais interessantes de Corpos Secos é a colaboração entre os autores. Cada um contribui com sua voz única, resultando em uma narrativa multifacetada que enriquece a experiência de leitura. As transições entre os capítulos são suaves, e as diferentes perspectivas dos personagens são exploradas de forma eficaz. A escrita é direta e impactante, com descrições vívidas e diálogos realistas que capturam a tensão e a urgência da situação. Além do terror e da ficção científica, Corpos Secos aborda questões sociais e políticas que são altamente relevantes para o contexto brasileiro. A crítica ao governo, à desigualdade social e à violência urbana está presente ao longo da narrativa, dando ao livro uma camada adicional de profundidade. Os zumbis, nesse sentido, são uma metáfora poderosa para as mazelas que afligem o país. Os personagens são complexos e bem desenvolvidos. Cada um deles representa diferentes aspectos da sociedade brasileira, desde o policial corrupto até o adolescente revoltado, passando pela mulher forte que luta para proteger sua família. Suas motivações e dilemas pessoais adicionam uma dimensão humana à história, tornando-a mais envolvente e emocionalmente ressonante.
Uma doença fatal assola o Brasil e o transforma em uma terra pós-apocalíptica: sem governo, sem leis e sem esperanças. Os sobreviventes tentam cruzar o país em busca de um porto seguro. Livro escolhido pelo clube de leitura do influenciador Felipe Neto (Clube do Livro FN). Primeiro, o uso de novos agrotóxicos sem os devidos testes. Depois, a reação inesperada com as larvas que eles deveriam dizimar. Não se sabe quem foi o primeiro infectado, apenas que o surto começou no Mato Grosso do Sul. São os chamados corpos secos: espectros humanos que não possuem mais atividade cerebral. Mas seus corpos ainda funcionam e anseiam por sangue. Seis meses depois, há poucos sobreviventes. Um jovem aparentemente imune à doença está sendo estudado por uma equipe médica e precisa ser protegido a qualquer custo; uma dona de casa vive em uma fazenda no interior do Brasil e se encontra sozinha precisando reagir para sair de seu isolamento; uma criança vê a mãe tentar de tudo para salvar a família e fugir do contágio; uma engenheira de alimentos percebe que seus conhecimentos técnicos talvez não sejam suficientes para explicar o terror que assola o país. Juntos, eles vão narrar suas jornadas, em busca do último refúgio ao sul do país. Escrito em conjunto por quatro autores, Corpos secos não é só um thriller, nem um romance-catástrofe. É uma narrativa sobre os limites da maldade humana, e as chances de redenção em meio ao caos.
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